Nesta quinta-feira (27), o IBGE divulgou dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) que revelam a gravidade da crise no mercado de trabalho no país. A taxa média de desemprego no primeiro trimestre deste ano atingiu 14,7% da população. São 14,8 milhões de brasileiros (as) que perderam o emprego.

É um número recorde na série histórica verificada trimestralmente pelo instituto desde 2012. O resultado representa um aumento de 6,3% em comparação ao trimestre anterior e de 15,2% se comparado ao mesmo trimestre do ano passado.

A pesquisa traz ainda dados alarmantes através dos números de desalentados, subocupados, pessoas fora do mercado de trabalho e na informalidade.

Os desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego devido à falta de oportunidade no mercado, somam 6 milhões de pessoas.

Os trabalhadores subocupados (por insuficiência de horas trabalhadas) totalizam 33,2 milhões de pessoas, também o maior resultado da série histórica.

Já o nível de ocupação caiu 0,5 ponto percentual e registra atualmente 48,4%. Desde o trimestre encerrado em maio de 2020, o nível de ocupação está abaixo de 50%. Isso significa que pouco mais da metade da população brasileira em idade para trabalhar está fora do mercado de trabalho no país.

O número de trabalhadores na informalidade, ou seja, sem registro em carteira de trabalho e em atividades de características precárias, registra 39,6% da população ocupada, ou seja, 34 milhões de brasileiros (as).

Falta emprego, vacina, comida

Junto ao aumento do desemprego, os trabalhadores brasileiros, notadamente os mais pobres, também enfrentam cada vez mais a carestia, a volta da fome, a dificuldade de acesso aos serviços públicos.

O fato é que enquanto Bolsonaro segue atrapalhando o combate à pandemia e prolonga, indefinidamente, os efeitos da crise sanitária no país, a crise social se aprofunda a cada dia.

Sem falar que não bastasse sua política de morte, esse governo genocida, com o apoio do Congresso, também está a serviço de um projeto ultraliberal para favorecer os interesses de banqueiros, grandes empresários e do agronegócio, através de privatizações e reformas que destroem os direitos, o meio ambiente, o patrimônio nacional.

Com informações: IBGE. Foto: José Cruz/Agência Brasil.
Via: CSP-Conlutas.