Na última segunda-feira (06), a Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC realizou uma solenidade em comemoração aos 30 anos de sua estadualização. O evento ocorreu por meio de reunião extraordinária conjunta do Conselho Universitário – CONSU e do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão – CONSEPE, no Auditório do Centro de Cultura Governador Paulo Souto.

A estadualização da UESC ocorreu no dia 5 de dezembro de 1991, data em que foi sancionada a Lei 6.344. Nessas três décadas, a universidade cresceu e se tornou uma referência em pesquisa, produtividade científica, desenvolvimento socioeconômico e cultural da região.

No evento, foram inaugurados a Galeria de Reitores, o Monumento aos Fundadores, o Anexo do Centro de Biologia e Genética (CBG) e o Complexo de Laboratórios de Ciência Exatas – CLCE.

Arturo Samana (ADUSC), Rafael Bertoldo (AFUSC) e Vinícius e Roberta (DCE).

A ADUSC participou da cerimônia, com o presidente Arturo Samana compondo a mesa como representante da categoria docente, ao lado das demais entidades representativas AFUSC e DCE.

“É uma honra representar as professoras e os professores neste momento tão importante para a nossa instituição. Os 30 anos de UESC refletem uma trajetória de luta e resistência em prol da educação pública no nosso estado e no nosso país. É bom refletir que a UESC é fruto de uma greve de seis meses, mostrando a força que tem a ferramenta de luta mais poderosa dos movimentos docente e estudantil”, disse o professor Arturo Samana.

Arturo Samana (ADUSC), Reitor Prof. Alessandro de Fernandes e Rafael Bertoldo (AFUSC).
Arturo Samana (ADUSC), Reitor Aurélio de Macêdo e Rafael Bertoldo (AFUSC).

Apesar do destaque acadêmico e social da UESC, os cortes e ataques recentes do governo da Bahia colocam em risco o futuro da instituição:

“Atualmente, a situação da nossa UESC está gravemente comprometida pelo descaso do governo estadual na figura do governador Rui Costa (PT), que não aceita qualquer tipo de diálogo com o movimento docente, nega as promoções, as progressões, os processos de dedicação exclusiva, a possibilidade de aperfeiçoamento de docente no exterior, a realização de concursos públicos para professores – tendo em vista que há condições econômicas para tal investimento, e assim negando a autonomia da universidade. Se o governador esteve em Ilhéus para inauguração do Hospital Materno-Infantil e não teve a delicadeza de passar pela UESC, nega também o reconhecimento que a nossa universidade tem para com a população do sul da Bahia. Isso, lamentavelmente, também é um sinal de negacionismo”, alerta o presidente da ADUSC.

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Fotos: AFUSC / Álvaro Campos