O jovem congolês Moïse Kabamgabe, refugiado de apenas 25 anos, foi espancado até a morte em 24 de janeiro pelo “patrão”, responsável pelo quiosque Tropicália, próximo ao posto 8, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Segundo a família relatou, o dono do estabelecimento estava devendo dois dias de pagamento para Moïse e que, quando o congolês foi cobrar, foi espancado brutalmente.

O rapaz negro de origem africana, que trabalhava sob contratação precarizada recebendo apenas por diárias, ainda teve atendimento negligenciado por parte do dono do quiosque que acionou os bombeiros após longos 40 minutos da morte. No IML, Moïse foi declarado indigente e a família, segundo informou a Comunidade Congolesa no Brasil em nota, só soube do ocorrido por volta das 10h do dia seguinte.

Conforme relatos de presentes e o registro de vídeos, o proprietário do quiosque, com mais quatro amigos, espancou o refugiado negro com um taco de beisebol.

A Comunidade congolesa no Brasil também afirmou que “[devido ao] ato brutal, que não somente manifesta o racismo estrutural da sociedade brasileira, mas claramente demonstra a XENOFOBIA dentro das suas formas contra os estrangeiros, nós da comunidade congolesa não vamos nos calar”.

A CSP-Conlutas se solidariza com os familiares de Moïse e todos os refugiados e migrantes, sobretudo os negros e mais marginalizados pela sociedade, e se soma à luta em defesa da vida de trabalhadoras e trabalhadores que constroem o mundo por onde passam e se estabelecem.

Justiça para Moïse, já!

Via: CSP-Conlutas.