Em meio a tantas notícias ruins nessa pandemia da Covid-19, surge uma para dar um pouco de fôlego à população brasileira. Na noite desta quinta-feira (27), a Câmara de Deputados aprovou a concessão de um auxílio emergencial para as famílias de baixa renda. Trabalhadores informais, autônomos, desempregados e microempreendedores individuais terão direito ao benefício de R$ 600, por três meses. Famílias com dois ou mais trabalhadores receberão R$ 1.200, assim como as famílias chefiadas por mulheres sozinhas.
A aprovação faz com que esse seguro seja incorporado ao texto do projeto de lei 9236/17, que estabelece novas regras para o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). O PL segue para votação no Senado, antes de chegar às mãos do presidente Jair Bolsonaro. A proposta inicial do governo era um auxílio de R$ 200, que se restringia aos cadastrados do CadUnico. A ampliação veio da oposição de esquerda, em um trabalho coletivo, que venceu a base governista.
Pela proposta, poderá receber a quantia quem for maior de 18 anos, não tiver emprego formal, não for titular de benefício previdenciário, de seguro-desemprego ou programas assistenciais, com exceção do Bolsa Família. A renda per capita tem de ser até meio salário mínimo ou a renda familiar mensal deve ser de até três salários mínimos. Apenas duas pessoas da mesma família poderão acumular o auxílio.
Sem dúvida, a medida tomada pelo Congresso é uma vitória da população brasileira. Diante das ameaças e abandono do poder executivo, ter esse direito leva um pouco de tranquilidade às famílias que vivem em maior vulnerabilidade, e que seriam as mais atingidas pela política fascista de Bolsonaro. Vidas em primeiro lugar!