A greve dos trabalhadores dos Correios completa quase um mês e se enfrenta com a postura intransigente da empresa que insiste em retirar direitos. Na última sexta-feira (11), houve reunião de conciliação no TST (Tribunal Superior do Trabalho), sem avanços para as reivindicações da categoria. A audiência de julgamento da greve está marcada para a próxima segunda-feira (21), e até lá a os trabalhadores prometem fortalecer a mobilização.

“Na reunião de conciliação no TST a empresa manteve toda a sua arrogância e intransigência não apresentando nenhuma proposta, mesmo a ministra [kátia Arruda] e o ministério público apelando para que eles fizessem alguma proposta, se negaram a fazer e mantiveram toda a sua política de ataque aos nossos direitos e a todos os benefícios da categoria”, informou o diretor da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) Geraldinho Rodrigues, e também integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Novas mobilizações

Nesta semana, uma nova rodada de mobilizações está prevista, como parte da pressão contra a retirada das 70 cláusulas do acordo coletivo da categoria, firmado na campanha salarial passada e que a empresa retirou de forma arbitrária, após acionar a justiça. A luta também é contra a privatização da estatal, que vai levar à precarização, à demissão e a piora nos serviços prestados à população.

“Portanto, companheiros, não temos alternativa senão manter a nossa luta e a nossa organização, manter a nossa greve forte e resistir até o final. Vamos continuar firmes e fortes porque só na luta vamos conseguir arrancar nossos direitos”, reforça Geraldinho.

Dia Nacional de luta em 17/9 e Ocupa Brasília em 21/9

Nesta quinta-feira (17), está previsto um novo dia nacional de luta. No dia 21, data da audiência de conciliação, também será realizada um “Ocupa Brasília”, com caravanas de trabalhadores de todo país.

A CSP-Conlutas está fortalecendo as ações da greve e convoca a todos a integrarem essa luta contra a privatização da empresa.

“Tudo isso é a política de Bolsonaro, Mourão, Guedes e Floriano Peixoto para favorecer o interesse de multinacionais que querem tomar conta desse patrimônio nacional”, informa o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnagoras Lopes.

“Nesta quinta semana de greve, nós, da CSP-Conlutas queremos fazer um chamado a todas as centrais sindicais e movimentos sociais em geral e o povo brasileiro, vamos cobrir de solidariedade esta greve e defender esse  patrimônio público nacional”, apontou.

Via: CSP-Conlutas.