O ministro da Educação Abraham Weintraub está atolado até o pescoço em escândalos envolvendo sua gestão à frente da pasta. Isso em meio a uma série de medidas impostas pelo MEC (Ministério da Educação), que aprofundam o desmonte do setor, enquanto o país vive uma pandemia sem precedentes.

O ministro segue a linha autoritária e ditatorial de Bolsonaro, com medidas que mais do que nunca reforçam ser insustentável sua manutenção à frente da pasta.

O desmonte do setor vem com o aprofundamento do Ensino à Distância (EAD), o que tem prejudicado professores e alunos em todo o país, ao não considerar as desigualdades no acesso.

A tentativa em impor o Enem (Exame Nacional do Ensino) em meio à pandemia, que foi barrada após intensa luta da comunidade acadêmica e estudantil e que seguem em mobilização pela decisão da melhor data.

A aprovação de Medidas Provisórias por parte o governo Bolsonaro, que ferem a autonomia estudantil ao dar poder ao Weintraub em nomear reitores temporários nas Universidades, que foi devolvida por ser considerada inconstitucional.

A intenção de impor o Future-se que, em linhas gerais, representa a mercantilização das universidades e institutos federais e que pode virar projeto de lei e já foi encaminhado para a Câmara.

O último escândalo envolvendo o ministro da Educação é no inquérito sobre as fake news que está sendo julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Um dos membros da corte, André Mendonça, pediu para que Weintraub fosse retirado da apuração e não depusesse à Polícia Federal. A maioria dos ministros, no entanto, segue na linha de manter Weintraub sob julgamento.

Weintraub também deu declarações desrespeitosas contra o STF, em vídeo divulgado na última reunião ministerial do dia 22 de abril ao declarar chamar de “vagabundos” os ministros da corte.

Protagonizou ainda uma aparição, sem o uso de máscara, em uma manifestação pró Bolsonaro e contra o STF em que foram lançados fogos de artifício contra a corte, o que lhe rendeu o pagamento de multa de 2 mil reais.

“A pasta está paralisada, enquanto Weintraub destila ódio, fake news e ataques à Educação. Vamos fazer uma forte denúncia desse ministro que só tem propagado ataques aos nossos direitos”, reiterou a integrante do Setorial de Educação Joaninha Oliveira, que também compõe a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

A estudante e integrante do movimento estudantil Rebeldia, filiado à CSP-Conlutas, Mandi Coelho também reforça que já passou da hora do ministro cair. “Weintraub defende um projeto de destruição da educação pública, privatista, obscurantista, reacionário e de intervenção ideológica que ferem liberdades democráticas”, concluiu.

A postura do ministro é desastrosa e é preciso ser repudiada, assim como a política deste governo que tem à frente Bolsonaro.

Por isso, é preciso exigir fora Weintraub, Bolsonaro e Mourão!

Via: CSP-Conlutas.