A ampla campanha nacional Fora Bolsonaro entende a importância da luta do funcionalismo público das três esferas – federal, estadual e municipal, e indicou o dia 18 de agosto como um Dia Nacional de Lutas em apoio à greve geral do setor aprovada para esta data.

“Por isso, voltaremos às ruas no dia 18 de agosto, juntamente com os servidores públicos de todo o país, para dialogar com a população e chamar atenção para responsabilidade de Jair Bolsonaro pela destruição de serviços públicos, privatização de estatais essenciais e lucrativas e pelo desemprego, aumento geral dos preços e da fome”, afirma a nota divulgada pela campanha neste sábado (31).

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Os trabalhadores e trabalhadoras do serviço público realizaram um encontro histórico nesta quinta (29) e sexta-feira (30) no qual se inscreveram cinco mil servidores e servidoras de todo o país e assistiram ao evento nas redes sociais mais de 15 mil. O objetivo foi preparar uma mobilização nacional da categoria para impedir a votação da PEC 32 (projeto de emenda constitucional), a reforma administrativa, que pretende destruir o serviço público para entregá-lo ao capital privado.

Além disso, o encontro pretendia ampliar o apoio a essa luta, por isso foi organizado pelas Centrais Sindicais, entre elas a CSP-Conlutas,  além de outras entidades representativas do movimento de trabalhadores e trabalhadoras como Fonasefe (Fórum Nacional dos Servidores Públicos Federais), Movimento BASTA, UPB (União dos Policiais do Brasil) e da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público.

Para marcar a volta do recesso parlamentar e mostrar para Bolsonaro e sua equipe ocorrerá um ato em Brasília, na terça-feira (3). Todas as entidades que compõe o Fórum dos Servidores Públicos das Centrais Sindicais enviarão suas delegações à capital nacional.

CSP-Conlutas centrará esforços para o dia 18

A CSP-Conlutas centrará todos os seus esforços para que haja um grande dia nacional de protestos e paralisações no dia 18 de agosto em apoio à luta do funcionalismo. De acordo com o integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Paulo Barela, que esteve na preparação do encontro nacional, seria um crime o movimento como um todo não participar dessa mobilização dos servidores, uma greve unificada das três esferas considerada histórica na trajetória da categoria.

“O que precisa ser feito em apoio à greve geral dos servidores é um dia nacional de paralisações, protestos e manifestações unificadas ao fim do dia. É dessa forma que poderemos barrar a reforma da Previdência e botar pra fora Bolsonaro e Mourão, já”, afirma com veemência Barela.

A CSP- Conlutas, além da ativa participação da greve dos servidores, promoverá assembleias, panfletagens, protestos e paralisações no dia 18 em diversas categorias. A Central chamou as Centrais Sindicais realizarem na mesma data uma grande greve geral no país.

“Nós sublinhamos a necessidade do movimento Fora Bolsonaro chamar paralisações neste dia, seria muito importante que tivesse uma greve geral envolvendo toda a classe trabalhadora, que implicasse no aspecto político do processo da destruição do Estado enquanto tutor de políticas sociais expressas na PEC 32 da reforma administrativa, mas apontasse a derrubada deste governo já”, reforça o dirigente da CSP-Conlutas.

Por isso, a CSP-Conlutas aponta como necessária essa unidade da campanha Fora Bolsonaro concatenada com o movimento de luta contra a reforma administrativa e a greve geral do funcionalismo no dia 18.

Para além dessa mobilização, Barela aponta em direção à perspectiva de elaboração de estratégias para a classe trabalhadora neste momento. “Não vemos uma saída para a classe por meio da eleição de 2022, a saída está nas ruas, na organização do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras buscando uma alternativa que não seja o capitalismo, que não seja os instrumentos da democracia burguesa voltada aos interesses do próprio sistema capitalista. Precisamos avançar neste sentido, discutir estratégia de poder também é parte da nossa luta cotidiana”, defende o dirgente da CSP-Conlutas.

Via: CSP-Conlutas.