A taxa de desemprego do Brasil é a 4ª maior entre as principais economias do mundo, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating, que reúne informações sobre mais de 40 países que já divulgaram dados oficiais no 3º trimestre. Cerca de 13,7 milhões de brasileiras e brasileiros procuram emprego no país.

O levantamento mostra que a taxa brasileira é mais que o dobro da média global e a pior entre os integrantes do G20 – grupo que reúne os 20 países mais ricos do mundo e a União Europeia.

A taxa de desemprego no Brasil foi de 13,2% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o ranking, apenas Costa Rica (15,2%), Espanha (14,6%) e Grécia (13,8%) registraram, em agosto, uma taxa de desemprego maior que a do Brasil.

A pesquisa apontou que a baixa produtividade, a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) abaixo do esperado são alguns dos motivos para essa posição na classificação. A agência alerta para um cenário ainda pior em 2022.

Bolsocaro
A política econômica de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem sido bastante criticada por parcela da sociedade e por várias entidades da sociedade civil, movimentos sindicais, sociais e populares, por privilegiar o mercado financeiro e o agronegócio em detrimento da população brasileira. 

A aprovação da reforma da Previdência, as privatizações, o descaso com a política ambiental, a alta nos juros, os constantes ataques aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e, ainda, a ausência de uma política eficaz no combate à pandemia da Covid-19 trouxeram consequências nefastas não apenas para a economia, mas também para a vida de milhões de brasileiras e brasileiros, que diariamente enfrentam o desemprego e a fome no país.

Foto: Roberto Parizotti / Fotos Públicas
Via: ANDES-SN.