Protagonistas de uma longa luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32), os servidores públicos de todo o país não deixam a temperatura da mobilização esfriar. Para planejar os próximos passos e organizar a categoria em defesa dos serviços públicos, o funcionalismo realizará uma Plenária Nacional no próximo dia 13.

O objetivo é fortalecer e ampliar o movimento que há meses dá exemplo de união e espírito de luta. Reunindo trabalhadores das esferas municipais, estaduais e federais, o encontro vai acontecer através da plataforma Zoom, a partir das 8h30. Para realizar a inscrição clique aqui.

Os servidores estão prestes a completar dois meses de luta incessante, com atos em Brasília em todas as semanas, além de dias de mobilização nacional, como o ocorrido no último dia 28. Por isso, a plenária servirá também como um momento de troca de experiências e reflexões, além de projetar um calendário de mobilização em comum entre as organizações.

Em reunião nesta quinta-feira (4), as centrais sindicais e entidades que organizam as categorias do setor público indicaram o dia 8 de dezembro para a realização de um novo Dia Nacional de Lutas. A CSP-Conlutas reforça a necessidade de intensificar a mobilização para a construção de uma greve do funcionalismo em todo o país e uma greve geral da classe trabalhadora contra todos os ataques do governo Bolsonaro.

“Até agora nossa mobilização tem conseguido segurar a Reforma Administrativa. No entanto, o Congresso e o governo Bolsonaro estão decididos a retirar todos os nossos direitos, destruir os serviços públicos e efetivar o saque dos cofres públicos”, afirma Adriana Stella, dirigente da Fasubra e da Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

Apesar de ainda não possuir o total de votos para aprovar a PEC 32 na Câmara dos Deputados, os servidores mantém o alerta, devido à possibilidade do governo abrir o balcão de negócios para garantir os votos. O planalto trabalha com a cifra de R$ 20 milhões em emendas parlamentares a fim de garantir apoio suficiente.

“Vimos isso agora com a aprovação da PEC do calote, a mudança da Constituição que desobriga o governo de pagar os precatórios às famílias que aguardam às vezes por décadas! Tudo isso comprando deputados, mudando as regras do jogo, fazendo as mais diversas manobras parlamentares. Essas mesmas manobras também foram feitas na aprovação da PEC-32, na Comissão Especial”, explica Adriana.

Todo apoio a luta dos servidores

A CSP-Conlutas está na linha de frente com o funcionalismo público para barrar a Reforma Administrativa e o plano de destruição dos serviços públicos. A defesa da população passa pela derrubada da PEC 32, mas também pelo fim do governo Bolsonaro e Mourão que vem promovendo uma série de ataques à diversas categorias.

“Precisamos construir uma forte plenária, que mostre a unidade do movimento nacional, juntando municipais, estaduais, federais e as diversas categorias para lutar em defesa dos serviços públicos! Precisamos construir uma greve geral, um calendário de lutas que coloque em xeque esse governo genocida de Bolsonaro e Mourão”, conclui Adriana.

Via: CSP-Conlutas.